quarta-feira, 27 de junho de 2007

ACHADOS & PEDIDOS

Bueno, de um determinado repente me deu a idéia de criar uma retranca fixa no blog que viria a calhar aos usuários e a mim. Porque sempre tem alguém que pede algum som ou pergunta sobre um outro. Nada mais justo do que prestigiar quem nos prestigia. E, também, porque volta e meia nesse garimpo regular por blogs e discos, eu acabo descobrindo coisas que me cativam e gostaria de compartilhar tais coisas com o próximo. Assim ao acaso me veio o nome Achados e Pedidos e achei bacana fazendo um paralelo com o departamento de achados e perdidos de alguns estabelecimentos, a semelhança ressoou divertida e então resolvi: vou fazer a minha seção de Achados e Pedidos. E aqui está ela, que estréia por causa da última postagem que realizei no blog: da banda Bad Company. Tudo começou quando o José Renato, freqüentador aqui da casa, me perguntou se eu tinha o Run With the Pack (1976), terceiro disco do Bad Company, e de fato eu tinha, mas precisava procurar porque o armário de CDs por aqui não se limita a uma única prateleira e a organização não é lá o meu forte. Na busca, dei de cara com o The 'Original' Bad Co. Anthology (1999), um disco que eu nem lembrava que tinha, mas cheguei a comentar no blog como sendo o último grande registro desta banda, onde ela se reuniu para algumas faixas inéditas e regravações conseguindo resgatar a magia dos velhos tempos. A partir daí, já aproveito a ocasião para postar um disco que para mim foi mesmo um achado: o novo lançamento de Jim Suhler and Monkey Beat, Tijuana Bible (2007), blues rock como há muito eu não ouvia, que descobri graças à visita do lusitano Texasflood, um gajo que passou por aqui e me convidou para conhecer seu blog o Texas Flood, um sítio quase tão recente quanto o meu, que se configurou num outro achado e desde já recomendo a visita, pois mesmo sendo uma casa portuguesa com certeza, não se prende somente ao tradicionalismo de Muddy Waters, John Mayall, Steve Ray Vaughan, e outros manjados figurões, postando também muita coisa da nova geração do blues mundial como Ana Popovich, Scott Mckeon e Jordan Lunardini. Junto tudo isso ao pedido de um dos primeiros visitantes do Boogie Woody, o grande Sergio, um incansável garimpeiro de pepitas musicais das teias cibernéticas, que ao comentar sobre guitarristas, lembrou do britânico Chris Rea, do qual tenho três registros, mas simpatizo apenas com God's Great Banana Skin (1993). O meu favorito é justamente um dos poucos que Sérgio não conhecia, e eu lhe prometi que postaria oportunamente. De modo que assim nasce e seção Achados e Pedidos, aqui e agora em primeira edição.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Amboy Dukes - Migration [1969]

Achados & Pedidos

Eis aqui um pedido do Prof. Miguel, um grande historiador e gramático estudioso da etimologia das palavras, cuja sabedoria milenar nos encanta e ilumina. Quando ele perguntou sobre Amboy Dukes o primeiro nome que me veio à cabeça foi o de Ted Nojento, digo Nugent. Um guitarrista que se acha melhor que McLaughlin, Hendrix, Zappa, Beck e Page juntos em um só. Isso quando ele está com vontade de ser modesto! Depois de assistir a um documentário sobre ele cheguei à conclusão que ele é realmente grande. Um grande babaca!! Mas voltando aos Amboy Dukes, o professor me lembrou que a banda havia gravado um disco com Rusty Day nos vocais, justamente antes dele ir para o Cactus. Então me lembrei de ter baixado o álbum Migration, sem saber que o Nojento, digo Nugent, fazia parte dessa banda. Foi então que o pedido virou um achado, porque o cd com este arquivo poderia estar em qualquer lugar dentro de um armário totalmente desorganizado e com milhares de cds fincados em carretéis aleatórios. Não é que eu vou para lá sem muitas esperanças e paciência, e o primeiro disco que eu pego está escrito Amboy Dukes – Migration. Mas que cabron de suerte tché! Aproveitei para dar uma orelhada na velharia e cheguei à conclusão que o disco não é nada mal, nada mal mesmo! Apesar do Ted Nojento, digo Nugent. Ou melhor: NOJENTO, TCHAN!!!





Free - Tons of Sobs [1968]

Achados & Pedidos

Na área desde novembro do ano passado, DUDU2doVINIL é um blog relativamente novo que eu vim a conhecer só neste mês e onde encontrei várias coisas bem ao meu gosto. O estilo dele é aquele rock hard blues dos anos 60 e 70, pelo menos até agora foi isso o que eu mais vi por lá. Na semana passada, dei de cara com o meu disco favorito do Free, Tons of Sobs (1968) banda londrina da qual faziam parte Simon Kirke, Paul Rodgers, do Bad Company, junto com o excelente guitarrista Paul Kossoff (falecido prematuramente por overdose em 76), cujo disco solo também está postado lá, e mais o fenomenal baixista, de apenas 16 anos, Andy Fraser, vindo do John Mayall's Bluesbreakers. Encontrar Tons of Sobs não foi exatamente um grande achado porque o disco não é tão raro assim. Só que eu não tinha atentado para um detalhe, aquela era uma edição especial com oito músicas a mais e eu só percebi isso quando estava ouvindo o disco e começaram a tocar coisas que eu desconhecia. Só então me liguei: era mesmo um achado!




Free - Tons of Sobs 1
Free - Tons of Sobs 2

The Turtles - Happy Together [1967]

Achados & Pedidos

The Turtles foi uma banda de grande sucesso nos anos 60 e este foi o seu melhor disco onde se destacam, além da faixa título, She'd Rather Be with Me e Guide for the Married Man. Foi desta banda que saiu a dupla de vocalista do Frank Zappa and the Mothers of Invetion: Mark Volman e Howard Kaylan, protagonistas do grande desempenho do Mothers, em junho de 1971, no Filmore Eest, quando tocaram juntos com John Lennon. Na ocasião, rivalizaram com Yoko Ono numa sessão de gritarias sem precedentes na história do rock. Mas voltando ao disco, eu o encontrei num blog muito bacana chamado Sus Rocks, do muchacho mexicano Cerpin Taxt, que se dedica à divulgação de indie rock e afins da nova geração. Por isso mesmo, encontrar este disco lá, foi mesmo um achado.



Noel Redding - The Experience Sessions 67-69 [2004]

Achados & Pedidos

Por esses dias fiz mais um duplo achado. Primeiro o blog The Human Equation, que eu não conhecia e que trás postagens de estilos variados, porém muito bem selecionadas. Entre as quais o segundo achado: o disco The Experience Sessions 67-69, do guitarrista Noel Redding, que fez parte do Jimi Hendrix Experience tocando baixo. Lá também fiquei sabendo que o cara já foi “dessa para melhor” há algum tempo (11 de maio, de 2003). Que descanse em paz! The Experience Sessions apresenta as músicas que Noel cantou junto com Hendrix e inclusive Red House onde é ele quem toca a guitarra.



Jim Suhler and Monkey Beat - Tijuana Bible [2007]

Achados & Pedidos


Este eu achei no blog Texas Flood, onde recomendo uma visita para os fãs do blues. Jim Suhler é um guitarrista do Texas que anda na cena musical à mais de 15 anos. Em 1999 fez parte da banda de George Thorogood. Já gravou álbuns em parceria com Mike Morgan e Alan Haynes. Atualmente tem a sua própria banda os Monkey Beat. Neste album tem algumas curiosidades: Up To My Neck in You um original dos AC/DC, Deep Water Lullaby tem a participação de Joe Bonamassa, Drunken Hearted Boy com Elvin Bishop na slide guitar e I Could've Had Religion um original de Rory Galagher. Altamente recomendável!!







Jim Suhler and Monkey Beat - Tijuana Bible 1
Jim Suhler and Monkey Beat - Tijuana Bible 2

Chris Rea - God's Great Banana Skin (1993)

Achados & Pedidos


Chris Rea é um cantor e guitarrista inglês que começou sua carreira substituindo David Coverdale em uma banda chamada Magdalena que, creio eu, nunca chegou a lançar um disco. Mas Rea ficou mais conhecido em carreira solo do que fazendo parte de grupos, ganhando popularidade a partir dos anos 80. É um excelente guitarrista que transita entre o blues-rock e o pop. Eu particularmente gosto mais quando ele está na praia do blues-rock, porém ele parece preferir o pop, por isso mesmo tenho algumas reservas com alguns de seus álbuns, mas gosto muito deste God's Great Banana Skin. Um pedido do amigo Sergio que nos recomenda ainda o cd Auberge (1991).




God's Great Banana Skin

The Original Bad Company Anthology [1999]

Achados & Pedidos


Este trabalho foi o responsável pelo re-encontro dos integrantes da formação original do Bad Company, resgatando a magia dos velhos tempos, um disco realmente muito bom que não pode faltar na prateleira de nenhum entusiasta deste super-grupo dos anos 70. Traz novas canções compostas especialmente para o momento, regravação de clássicos, lados B e outtakes.








The Original Bad Company Anthology 1
The Original Bad Company Anthology 2
The Original Bad Company Anthology 3
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Bad Company - Run With the Pack [1976]

Achados & Pedidos

Terceiro disco do Bad Company que, igualmente aos anteriores, alcançou o milhão de cópias vendidas apesar das críticas não muito favoráveis. Neste disco eles tentam novas fórmulas em suas músicas como o arranjo de cordas na faixa título. Destaque ainda para as músicas: Simple Man e Young Blood, esta última uma cover do The Coasters (anos 50 e 60) que já foi gravada por meio mundo e é sempre bacana de ouvir!




Bad Company - Run With the Pack

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Bad Company - Live Landover [1979]

Formada em 1973, a Bad Company foi uma banda inglesa que já nasceu para ser grande devido à origem nobre de seus integrantes, pois era composta pelo ex-baixista do King Crimson, Boz Burrell, ao lado de Mick Ralphs, guitarrista que veio do Mott the Hoople e mais dois ex-integrantes do Free: o baterista Simon Kirke e o cantor Paul Rodgers. Com uma formação dessas, não foi difícil assinar com uma gravadora e eles se tornaram o primeiro grupo a ser contratado pela Swan Song, selo do Led Zeppelin. O álbum de estréia, lançado em 1974, foi o melhor disco deles, sendo um dos mais vendidos nos EUA entre os artistas internacionais, rendendo ainda um “top single” para o hit Can't Get Enough of Your Love. Não posso deixar de mencionar outros clássicos como Movin' On, Ready For Love e Bad Company música que levava o nome da banda e que também era o título desse disco. Straight Shooter, lançado no ano seguinte, também foi bem sucedido emplacando com o hit Feel Like Making Love. Em 1976 eles lançaram Run With the Pack, para conseguir pela terceira vez consecutiva ultrapassar a vendagem de um milhão de cópias. O Bad Company seguiu fazendo sucesso até o início dos anos 80 e a curva descendente coincide com a saída de Paul Rodgers, que deixou a banda para se unir a Jimmy Page no Firm. Com algumas alterações em sua formação, a banda sobreviveu até 1992, voltando com os álbuns Company of Strangers, em 95, e Stories Told & Untold (96), discos que não tiveram quase nenhum respaldo de crítica e público. A formação original se reuniria novamente em 98, para a gravação de algumas músicas de uma coletânea com o título de The Original Bad Company Anthology, lançada em 1999 e promovida com uma série de shows. Este sim, um lançamento que nos trouxe de volta à lembrança, os bons tempos das más companhias. Bad Company Live Landover, é um bootleg de qualidade, gravado em 1979 e mostra a banda em sua melhor forma, trazendo todos os clássicos hits mencionados acima e ainda um cover da famosa Hey Joe, música de Billy Roberts, imortalizada na versão de Jimi Hendrix, mas que ao longo dos anos fora gravada por grandes nomes da música como Byrds, Love, Johnny Rivers, Wilson Pickett, Deep Purple, Nick Cave e outros famosos como o Bad Company.


Cactus - WLIR FM Broadcast [1971]

Quando o grupo Vanilla Fudge terminou no final dos anos 60, o plano do baixista Tim Borgert e do baterista Carmine Appice era se juntar com Jeff Beck e Rod Steawart para formar uma super banda. No entanto, este plano teve que ser adiado depois que Beck sofreu um acidente de moto e teve que ficar “de molho” por 18 meses. Steawart se juntou a Ron Wood para formar o Faces (e mais tarde seguiu em uma lucrativa carreira solo). Frustrado o projeto inicial, a dupla Borgert e Appice partiu para um novo projeto e convidou o guitarrista Jim McCarty, que estava disponível com o fim do Mitch Ryder & the Detroit Wheels, e o vocalista Rusty Day, do Ted Nugent's Amboy Dukes, para formar o Cactus. O primeiro disco teve uma boa aceitação, mas o grupo nunca alcançou um status maior do que o de uma banda de abertura e acabou se dissolvendo em 1972, tendo lançado quatro discos na praça. Esta é a história do Cactus contada no All Music Guide (por Jim Newsom), o mais importante site da indústria fonográfica americana. Apesar de não ter uma saga gloriosa, mais tarde o grupo acabou por influenciar um grande número de outras bandas, devido ao seu poderoso hard rock blues, para mim um dos melhores em sua categoria. Outro fator que contribuiu para aumentar a popularidade póstuma do Cactus, foi a realização do sonhado projeto junto com Jeff Beck na formação do Beck, Borgert & Appice, que deixou sua marca na biografia do rock mundial com apenas um álbum lançado, na verdade dois, mas o segundo foi um ao vivo gravado no Japão. Hoje o Cactus é uma banda mítica muito cultuada, o que levou seus integrantes a se reencontrarem em 2006 para o lançamento de um disco, chamado simplesmente de “V” (cinco). O disco que apresento aqui é um bootleg gravado em 1971 nos estúdios da W.L.I.R. FM e é um belo exemplo do poderoso som do Cactus em sua melhor fase. A discografia do grupo, bem como mais detalhes sobre a sua biografia você poderá encontrar no blog Flyinghard Land (http://flyinghardland.blogspot.com/).



Cactus - WLIR FM Broadcast 1
Cactus - WLIR FM Broadcast 2

Hendrix & Mule Re-Post

Muita gente teve problemas para descompactar esses títulos porque foram postados no Badongo com mais de 100 megas, quando isso acontece o provedor divide, automaticamente, o arquivo usando uma tecnologia própria que acaba sendo um “pé no saco” para abrir. Portando estou colocando-os novamente, agora em formato “Tabajara Multi-Arquivation”. Ou seja: “Seus problemas acabaram!”.


Gov't Mule file 1 - Jime Hendrix file 1
Gov't Mule file 2 - Jime Hendrix file 2
Gov't Mule file 3 - Jime Hendrix file 3

Breakestra - Hit The Floor [2005]

Apesar de todo rap, hip-hop e tantos outros blá-blá-blás embalados por samplers, existe ainda quem se aventure a fazer um funk a la old school. Este é o caso da Breakestra, uma banda de Los Angeles liderada pelo DJ e baixista Miles Tackett que em pleno século XXI, consegue espaço entre os rapers, dando ao velho funk uma roupagem mais atual, fazendo um som com muito groove e elementos jazzísticos, que nos traz à memória nomes como Sly & The Family Stone, Headhunters e The J.B.'s. Então meu amigo, se você é um saudoso fã desses nomes que acabei de citar e achava que a música negra americana não tinha mais jeito, saiba que vai encontrar em Hit the Floor tudo que seus ouvidos anseiam e que sua alma precisa para fazer chacoalhar os ossos.


Breakestra - Hit The Floor

A Divina Increnca - A Divina Increnca [1980]

A Divina Encrenca foi um trio de música instrumental brasileira de vanguarda que pintou nos anos 80, formado por músicos de grosso calibre como Rodolfo Stroeter (Pau Brasil, Grupo Um, Symmetric Ensemble), o multi-instrumentista alemão Felix Wagner (Grupo Um, Symmetric Ensemble) e o baterista Azael Rodrigues (Pau Brasil , César Camargo Mariano, Prisma e Sossega Leão). Faziam um som bastante complexo misturando elementos da música brasileira com o jazz, desses que você dificilmente ouve nas rádios, porque nelas, com raríssimas exceções, o que impera é a mediocridade. Infelizmente, este tipo de música é para um grupo reduzido de pessoas que consegue fazer suas opções sem que ninguém precise martelar na sua cabeça o que se deve ou não ouvir. Este é o único registro do trio e foi gravado na Sala Guiomar Novaes, na Funart, em São Paulo-SP, e finalizado no estúdio JV em julho e setembro de 1980. O álbum conta ainda com a participação especial do saxofonista Mauro Senise e de Claus Erik Petersen, do Premeditando o Breque, na flauta.




A Divina Increnca

Crosby & Nash - Whale & Fieldworkers Benefit [1974]

Wally Heider que gravou a apresentação de Crosby, Stills, Nash & Young no Fillmore em junho de 1970, (trabalho que resultou no famoso álbum Four Way Streeet - 1971) foi o mesmo operador de som deste show em São Francisco. A gravação chegou a ser editada para tornar-se um disco ao vivo, mas isso acabou não acontecendo. Portando, apesar de ser um lançamento não oficial, a qualidade do som deste CD é excelente. A química do quarteto CSN&Y se mostrou presente também com C&N, na interpretação de clássicos como Déjà Vu, Guinnevere, Chicago e Longtime Gone. Para ouvir nos momentos de paz e recolhimento, mas também pode funcionar bem “naqueles momentos”!




Crosby & Nash - Whale & Fieldworkers Benefit 1
Crosby & Nash - Whale & Fieldworkers Benefit 2

Janis Joplin - This Is Janis Joplin [1965]

As sete faixas deste CD são de uma audição que Janis fez antes de se juntar ao Big Brother & The Holding Company. O ano da gravação é algo entre 1964 e 65. Onde isto foi gravado ninguém sabe dizer, mas os tapes vieram de James Gurley, guitarrista do Big Brother. A gravação original era apenas Janis e seu violão, mas Gurley acrescentou depois os outros instrumentos fazendo parecer que era uma sessão de gravação do Big Brother. Taí algo imperdível para os fãs do blues, em especial, aos admiradores de Janis Joplim!






Janis Joplin - This Is Janis Joplin
alternative link -> This Is Janis Joplin

Dr. Feelgood - Down By The Jetty [1975]

Dr. Feelgood é uma banda inglesa que ganhou notoriedade em plena ascensão do punk. Embora fizessem uma mescla de rock, blues e R&B, filosoficamente, havia certa identidade deles com o movimento, pois o trabalho era calcado em uma música simples, com poucos acordes e letras divertidas e cotidianas. O vocalista, Lee Brilleaux, disse certa vez: "você não precisa ser um músico para tocar rock’n’roll, basta apenas gostar de música”. Por isso mesmo eles foram ídolos para muitos dos punks, inclusive, Joe Strummer, do Clash, fã confesso de Wilko Johnson, guitarrista do Dr. Feelgood. Johnson foi mesmo uma referência para muita gente, com seus riffs curtos e secos, ele dava um tempero todo especial ao som do grupo. Reza a lenda que quando Mike Taylor deixou os Rolling Stones, Wilko foi convidado para a vaga e recusou. Será!? Down By The Jetty é o primeiro disco do Dr. Fellgood. Gravado em mono, o CD abre com uma das minhas canções preferidas, a poderosa She Does It Right, de autoria do próprio Johnson cuja guitarra é bem marcante nesta música. O disco foi produzido por Vic Maile e a foto da capa tirada em Canvey Island (uma das ilhas do Tamisa, na costa de Essex) em frente a um pub chamado The Lobster Smack. Aliás, esta é uma outra característica do Dr. Feelgood, embora fizessem fama internacional o habitat natural deles não eram os grandes palcos montados em estádios, mas sim os enfumaçados pubs londrinos. Se você quer saber mais sobre esta banda, o site Mofo (http://www.beatrix.pro.br/mofo/dr.htm) tem uma página com a biografia deles em português, há também o site oficial: http://www.drfeelgood.de/ .





Dr. Feelgood - Down By The Jetty

Eric Clapton - The Blues Concert [1994]

Conforme está escrito aí em cima, The Blues Concert é de 1994, ou seja, mesmo ano da gravação do disco From the Cradle, onde Clapton interpreta clássicos do Blues e um dos melhores trabalhos deste “Deus” da guitarra. Este bootleg tem algumas vantagens sobre o álbum de estúdio. Além de trazer todo aquele clima de um show ao vivo ele é duplo, contendo seis músicas a mais. Ainda por cima, é muito bem gravado, parece até lançamento oficial. Me desculpem o palavrão, mas vou resumir o que eu acho deste disco em uma só frase: “é do caralho!”


Eric Clapton - The Blues Concert 1
Eric Clapton - The Blues Concert 2

George Harrison - Living in the Alternate World [1973]

O mais discreto entre os Beatles, George Harrison, era também o mais religioso dos quatro e vivia sob os dogmas da espiritualidade hinduísta. Apesar da maioria das músicas do quarteto de Liverpool ser da autoria de Lennon & McCarteny, a musicalidade de George era muito importante dentro do grupo. Talvez, faltasse a ele o ímpeto de se impor, pois certamente ele poderia ter contribuído muito mais do que fez. Tanto que após a separação da banda ele lançou All Things Must Pass (1971), que se não foi o primeiro álbum triplo da história do rock, foi o primeiro que eu tive notícia. Antes, havia lançado a trilha sonora Wonderwall Music (1968) e Electronic Sound (1969), este último, um disco de música eletrônica, totalmente experimental, talvez avançado demais para a época e cuja capa traz um desenho do próprio Harrison. O disco que estou postando aqui foi gravado em 1973 e é uma versão alternativa do álbum Living in the Material World, que fez sucesso com a canção "Give Me Love (Give Me Peace on Earth)", seu segundo hit a atingir o primeiro lugar nas paradas de sucesso dos Estados Unidos, depois de "My Sweet Lord". Para mim este foi um dos melhores trabalhos de George Harrison e mostra bem a visão que o músico tinha das coisas ao seu redor.



George Harrison - Living in the Alternate World 1
George Harrison - Living in the Alternate World 2

John Paul Jones - Zooma (1999)

John Baldwin, é muito mais conhecido como John Paul Jones, baixista do Led Zeppelin. Segundo a lenda, o nome foi sugerido pelo seu amigo, Andrew Loog Oldham (produtor e empresário dos Rolling Stones) depois de ter visto um cartaz de cinema com esse nome na França. Apesar das declarações irônicas de Jimmy Page na ocasião do lançamento do disco Unledded (Page & Plant - 1994), colocando em dúvida as qualidades musicais do ex parceiro. John Paul Jones era o membro de maior formação musical dentro do Led, pois seus pais também eram músicos e, além do baixo, ele ainda toca teclados, guitarra, bandolim, koto, harmônica, ukulele e afins. Farpas à parte, a verdade é que Jones sumiu de cena desde o fim da banda, só reaparecendo em 1999 com o lançamento deste disco. Antes ele gravou uma trilha sonora chamada Scream for Help (1985) e fez uma participação conjunta com Diamanda Galás no disco The Sporting Life (1994). Galás é um misto de cantora e poetisa performática em estilo gótico, tão freak que perto dela a Nina Hagen fica parecendo mais careta que a Xuxa. Zooma é sem sombra de dúvidas um dos melhores discos que eu tive o prazer de ouvir nos últimos tempos, e não estou falando sozinho, pois encontrei no site whiplash.net uma resenha escrita por Márcio Ribeiro, que define tão bem a minha impressão sobre este álbum, que nem me atrevo a escrever outra, transcrevendo aqui o texto na íntegra:

Depois da decepção do disco Walking Into Clarksdale, da dupla Page & Plant, um disco solo de John Paul Jones, após tantos anos de silêncio, parece coisa caça-níquel. Mas para aqueles que, ao encontrar o disco, tiveram receio de apostar e continuaram vasculhando as prateleiras da loja, saibam que esse CD é uma grata surpresa. Zooma é de longe uma das melhores coisas em catálogo e isso é muito difícil de ser dito hoje em dia, dado o tamanho da mesmice encontrada por aí. É uma grande satisfação poder fazer a resenha de um disco tão pesado, bem arranjado, com temas criativos e primorosamente bem gravado e executado! A banda base é formada por Pete Thomas, ex-Attractions, na bateria e ele, John Paul Jones, em diversos tipos de baixos, órgão e dois instrumentos menos conhecidos, o mandolo elétrico, uma espécie de bandolim que toca na região dos graves-médios e o Kyma, sistema computadorizado para produção e controle de sons eletrônicos sintetizados. Em algumas faixas temos Trey Gunn, membro fixo da atual fase de King Crimson, na guitarra. Porém, na música titulo a guitarra é de Paul Leary, conhecido "session man" que participa apenas nesse tema. Denny Fongheiser, que primeiro apareceu nos álbuns de Tracy Chapman, contribui em duas músicas, ora na bateria, ora tocando um Djembe, instrumento de percussão original da região entre a Costa do Marfim e Ghana. As cordas da London Symphony Orchestra marca presença no tema Snake Eyes. Quem anda acompanhando a carreira de Jones não deverá ser pego inteiramente de surpresa, pois sabe de suas participações em álbuns de gente tão diversa quanto Paul McCartney, Robert Fripp, REM e Butthole Surfers. Zooma oferece elementos de heavy rock, jazz, world music e blues, todos com uma leitura distinta, criativa e longe do previsível. Mantendo o disco instrumental, John se liberta das limitações de canções e seus formatos, focalizando seus esforços nas composições. Embora haja elementos "Zeppelinianos" neste seu trabalho, o som é propositadamente outro. O CD não tem um tema de destaque. Estamos falando de um trabalho realmente muito bom. Zooma, Goose, B. Fingers e Tidal são temas alucinadamente pesados, com um baixo extremamente presente, daqueles que, no volume certo, empurram você para trás. São todos temas complicados e de difícil execução, uma verdadeira aula sobre como mesclar o som do moderno com preceitos antigos sobre musicalidade. Grind começa como um tema pop à la REM e desanda em marretadas deliciosamente ensurdecedoras desse baixista nada velho. The Smile of Your Shadow é um tema mais lírico, evocando um pouco o clima leve de alguns temas à la Zeppelin, sem lembrar nenhuma canção em específico. Bass'n'Drum é um tema puramente jazz, enquanto Snake Eyes, embora tenha peso, é um tema mais arrastado com um sabor de country e com reforço das cordas do LSO. Este tema, embora muito bom, até certo ponto destoa da obra como um todo. Enfim, se você gosta de peso e composições relativamente complexas, vale a pena conferir Zooma. -- Márcio Ribeiro (whiplash.net)




John Paul Jones - Zooma
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Geronimo Black - Geronimo Black [1972]

Geronimo Black foi uma banda formada, em 1970, pelos ex-integrantes do Frank Zappa and the Mothers of Invention: o baterista Jimmy Carl Black e o saxofonista Bunk Gardner. Também fazia parte do grupo o guitarrista Denny Walley que, ironicamente, trabalharia mais tarde com o Zappa por quase uma década. Embora a sonoridade “zappiana” esteja presente em quase todo o disco, eles conseguiram realizar um trabalho bem original misturando elementos do R&B, do jazz e do rock, com uma pitada de experimentalismo. Ou seja, praticamente a mesma fórmula dos Mothers. Assinaram um contrato com a gravadora MCA para lançar este disco em 72, apesar da boa qualidade da música produzida por eles, o trabalho não atraiu muito a atenção do público e a banda se desfez logo após o lançamento do disco. O grupo ainda voltaria a se reunir, em 1980, para a gravação de um outro disco chamado Welcome Back e, mais uma vez, se desfazer em seguida.




Geronimo Black - Geronimo Black

Johnny 'Guitar' Watson - Ain't That A Bitch [1976]

Johnny Guitar Watson foi um texano que iniciou sua carreira musical tocando piano, mas logo passou para a guitarra e chegou a se apresentar ao lado de conterrâneos notórios como Albert Collins e Johnny Copeland. Natural de Houston, deixou a sua cidade natal ainda garoto para tentar a sorte tocando blues em Los Angeles, onde ficou conhecido como Young John Watson. Apesar de um ter conseguido algum espaço no meio musical, o blues não estava dando para pagar as contas e lá no início dos anos 70 ele resolveu se reinventar. Mudou radicalmente a sua imagem adotando um visual “beautiful black”, mudou seu nome para Johnny Guitar Watson e abraçou o funk como a sua música. A partir daí as coisas começaram a melhorar e ele emplacou nas paradas com os hits A Real Mother for Ya e Superman Lover. Depois disso nunca mais soube o que era passar fome, ganhou notoriedade internacional e até participou da gravação de dois discos do Frank Zappa: One Size Fits All (1975), onde ele simplesmente “detona” na música San Bardino; e Them or Us (1984), cantando o blues In France. Entre 84 até o inicio dos anos 90 ele andou meio sumido, reaparecendo em 1994 com o álbum Bow Wow, pelo qual foi indicado ao Grammy de Melhor Disco de Blues Contemporâneo, apesar do disco ser do mais puro funk old-school (coisas do Grammy!). Quando tudo nos levava a crer que Johnny Guitar Watson estava de volta aos holofotes, ele morre durante uma turnê pelo Japão em 1996. O disco aqui postado trás, além do sucesso Superman Lover, os hits I Need It e Ain't That a Bitch, faixa que dá nome ao disco.



Johnny 'Guitar' Watson - Ain't That A Bitch

The Clash - Sandinista! (1980)

London Calling foi o melhor disco do Clash, mas Sandinista também teve o seu valor histórico. Primeiro pelo fato de ser um álbum triplo que, por imposição da própria banda, foi vendido pelo mesmo valor de um disco simples. É claro que isso só valeu para o Reino Unido e os EUA, porque por aqui “meteram a faca”. E segundo, porque neste trabalho eles chegaram ao ápice da criatividade e experimentações, misturando o punk com dub, rap, gospel, coral de crianças, reggae, R&B, etc. Talvez por isso mesmo não tenha recebido o mesmo respaldo da crítica que os discos anteriores. Mas, como diriam os punks, “foda-se a crítica”!




The Clash - Sandinista 1
The Clash - Sandinista 2
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Mick Jagger & The Red Devils - The Famous Blues Session [1992]

Este álbum eu encontrei meio que acidentalmente quando fazia uma busca por um disco do Mick Jagger no Kaazar. Foi um daqueles casos onde o resultado foi melhor que a encomenda. Bom, Jagger dispensa maiores apresentações, quando aos Red Devils, era uma banda liderada pelo gaitista e vocalista Lester Butler. O grupo gozava de certo prestígio e costumava se apresentar em uma casa noturna de New York chamada King King, que deu nome ao primeiro e único disco da banda, gravado ao vivo no local. Nesse night-club eles tocaram juntos com muita gente boa como Lenny Kravitz, Peter Wolf , Billy Gibbons e o próprio Mick Jagger. A banda terminou prematuramente devido a morte de Lester, vítima de uma overdose de speedball, uma mistura de cocaína com heroína (a mesma que matou John Belushi), aos 37 anos de idade, em maio de 1998. O disco postado aqui é o resultado de uma sessão de gravação organizada por Rick Rubin produtor musical de Mick Jagger, Red Hot Chilli Pepers, etc. Parece que Jagger pretendia usar alguma coisa disto em um de seus discos solos, mas isso acabou não acontecendo.



Mick Jagger & The Red Devils - The Famous Blues Session

Miles Davis - London [1971]

Não tenho muitas informações sobre este disco, mas ele foi gravado em Londres, no dia 13 de novembro, de 1971, durante o Royal Festival Hall. É difícil de acreditar que esta gravação foi feita da platéia, porque podemos ouvir claramente todos os instrumentos, mas segundo a ficha técnica do disco, o registro foi mesmo feito da platéia. Se bem que não se pode confiar muito nas informações contidas nas capas de bootlegs. Mas porque se preocupar com isso, o mais importante é que podemos ouvir, com clareza, o bom e velho Miles Davis, em um grande momento de sua fase elétrica.






Miles Davis - London 1
Miles Davis - London 2

Pete Townshend - Who Came First [1972]

Primeiro disco solo de Pete Townshend, lançado em 1972, traz músicas que integrariam um ambicioso projeto chamado Lifehouse que acabou nunca acontecendo. Era para ser um musical, filme, opera rock ou coisa assim. A maioria das músicas foi feita sob a inspiração do guru Meher Baba, de quem Townshend era seguidor. Este místico indiano fundia em sua fé elementos do budismo e sufi, com o cristianismo tradicional. Os ensinamentos de Baba foram a fonte de inspiração em muitos dos seus trabalhos, incluindo Tommy. Com o cancelado projeto Lifehouse, Pete acabou aproveitando algumas canções em discos do The Who, como em Who's Next onde se destaca a música Baba O'Riley (uma referência ao seu guru), e outras neste disco solo como Pure and Easy e Nothing is Everything. A edição postada aqui é especial e trás nove músicas de bonus track.




Pete Townshend - Who Came First 1
Pete Townshend - Who Came First 2

Pink Floyd - Alternate Masters [1966 - 1968]

Tem toda a pinta de um disco official, mas não se engane, é um bootleg. Daqueles muito bem gravado e editado, trazendo uma boa amostra do começo de carreira do Pink Floyd, quando ainda eram liderados por Syd Barrett. Ou seja, disco obrigatório para qualquer “flodyano” que se preze. São 17 músicas gravadas no período entre 1966-68 começando com as inéditas Lucy Leave e I'm a King Bee, que segunda reza a lenda fazem parte da primeira sessão de gravação do Floyd. I’m a King Bee, de autoria de James Moore, também foi gravada pelos Rolling Stones em seu primeiro disco (1964). Este álbum conta ainda com alguns clássicos como Arnold Layne, Interstellar Overdrive (em duas verções), See Emily Play, Julia Dream e outras inéditas, como Scream Thy Last Scream e Vegetable Man. Enfim um disco altamente recomendável, recheado de lados B, outtakes outras raridades!






Pink Floyd - Alternate Masters

Rocky Horror Show - Soundtrack [1975]

Um dos filmes mais cult do cinema trash, Rocky Horror Show, foi mesmo um fenômeno, pois ficou em cartaz por quase 10 anos nos EUA, sendo cultivado por uma legião de fãs que não se limitava em apenas assistir o filme, a turma se fantasiava, interpretava junto à tela e cantava as músicas da trilha. Não me lembro de nenhum outro filme que tenha causado este impacto na platéia. Aqui no Brasil não chegou a tanto, mas lá pela passagem dos 70-80 era exibição quase que obrigatória nas sessões malditas, aquelas que só rolavam á meia-noite. Lançado primeiramente no Reino Unido sem muito sucesso, quase que seus produtores desistiram de levá-lo para os EUA, mas resolveram arriscar e deu no que deu. É estrelado por Tim Curry, no papel do Dr. Frank-N-Furter, um misto de cientista maluco com alienígena transexual vindo do planeta Transilvânia. Ele tenta seduzir um casal de noivos que após ter problemas com o carro durante uma tempestade procura ajuda em seu castelo. No papel da noiva está Susan Sarandon, no esplendor dos seus vinte e poucos anos. Rocky Horror Show conta ainda com a participação especial de Meat Loaf fazendo o tipo selvagem da motocicleta. Certamente aqueles que assistiram ao filme gostarão bastante desta postagem. Para quem não assistiu e está a fim de conferir, não faz muito tempo encontrei o DVD no saldão das Lojas Americanas, vale a pena ir lá dar uma garimpada.


Rocky Horror Show - Soundtrack 1
Rocky Horror Show - Soundtrack 2

Sergio Dias - Jazz Mania [1986]

Sérgio Dias é meu guitarrista favorito entre os guitar heros tupiniquins, um músico capaz de assimilar e interpretar vários estilos. Neste disco ele mostra um trabalho totalmente distinto daquele que o consagrou como um Mutante. É fusion da melhor qualidade e sem dever nada para ninguém, e quando digo ninguém, me refiro de forma global. Quando os Mutantes se dissolveram no final dos anos 70, Sérgio foi para os EUA, onde permaneceu até 1985, nesse período tocou com muita gente boa como John McLaughlin, Airto Moreira, Gil Evans, Jaco Pastorius e outros, tendo assimilado novas tendências e influências que o levaram para o jazz rock. Ao retornar ao Brasil com toda esta bagagem ele se apresentou na primeira edição do Free Jazz Festival, e depois fez algumas apresentações no extinto Jazzmania, na cidade do Rio de Janeiro. O disco postado aqui é composto de gravações realizadas nessas apresentações e foi lançado em tiragem limitada de apenas 2.500 cópias. "Vim para o Brasil tocar no Free Jazz e resolvi fazer um show no Jazzmania, que acabei gravando. Voltei aos EUA e esqueci destas fitas. Um dia, pegando um gravador emprestado de um amigo, toquei-as para a Lurdinha (mulher e empresária de Sérgio), que caiu de costas, surpresa com o que ouviu", comenta Sérigio Dias. Bom é isso, o negócio agora é você ouvir. Mas ouça sentado para não cair de costas você também!



Sergio Dias - Jazz Mania

The Aggrolites - Dirty Reggae [2003]

Hoje em dia, é difícil ouvir um reggae que não nos remeta ao saudosismo. Por isso mesmo me surpreendi quando ouvi The Aggrolites pela primeira vez. Apesar das raízes bem fincadas no estilo jamaicano, este grupo californiano soa como atual e original, podendo agradar tanto os puristas quanto aos descompromissados. Mesmo que você não seja assim um grande fã de reggae e ska, vale a pena dar uma orelhada. Recomendo as músicas Black Lung e Pop the Trunk, mas há algumas faixas instrumentais no final do disco que também são muito boas.



The Aggrolites - Dirty Reggae